Clínica Camargo Píscopo

Dicas de Saúde

Próteses mamarias

Prótese de silicone: o que saber antes de colocar?

A mamoplastia de aumento, mais conhecida como implante de prótese de silicone, é a principal cirurgia plástica realizada no Brasil, ultrapassando as de lipoaspiração. De acordo com a última pesquisa do Instituto Datafolha (2008), são cerca de 150 mil implantes de silicone por ano no país.

Apesar desse número elevado, é importante lembrar que o implante de silicone é um procedimento cirúrgico, e requer cuidados pré, intra e pós-operatórios.

Com a ajuda do Dr. Eduardo Cukierman, cirurgião plástico do Einstein, selecionamos as principais informações que você precisa saber antes de partir para a mesa de cirurgia:

A escolha do médico
Sentir-se confortável com o profissional que vai realizar o procedimento é o primeiro passo para uma cirurgia bem sucedida. Na primeira consulta o médico deve avaliar as reais necessidades, motivações e a expectativa da paciente para que o procedimento seja feito de forma individualizada e tenha o resultado esperado. É muito importante se sentir confortável para conversar com o médico e esclarecer todas as suas dúvidas. A formação do profissional também é item fundamental: procure sempre um cirurgião plástico, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Exames e avaliação clínica
Como em qualquer procedimento cirúrgico, são necessários exames pré-operatórios habituais e exames específicos para a mama, como ultrassom e mamografia.

É fundamental que seja feita uma avaliação física, para analisar formas e volumes das mamas antes da operação, a proporção peso e altura da paciente, formato do tórax, posição da coluna vertebral e cicatrizes prévias. Também não deixe de relatar ao seu médico o uso de medicamentos, como anticoagulantes e anticoncepcionais, a presença de doenças crônicas, distúrbios metabólicos, se tem hábitos como tabagismo, e se sofre alterações constantes de peso, pois isso pode ter importância na indicação cirúrgica e no pós-operatório.

A escolha da prótese
Para ter o resultado ideal, os exames pré-operatórios clínico e físico devem ser detalhados. A definição do tipo da prótese, o volume, modelo, forma, a via de acesso e a localização devem ser individualizadas e sempre discutidas com o médico.

O local da cirurgia
O implante de silicone pode ser realizado em hospital ou clínica. O importante é que seja feita em um ambiente seguro, com um bom respaldo médico, estrutura e suporte caso haja algum imprevisto durante e após o procedimento.

Câncer de mama
Como em todos os casos, é importante relatar ao médico se existem antecedentes pessoais ou familiares de câncer de mama. Independentemente da colocação de próteses mamárias, é importante que a paciente seja acompanhada periodicamente pelo seu médico para a detecção precoce de eventual câncer de mama.

Pós-operatório
A adesão às orientações do pós-operatório é fundamental para o bom resultado da cirurgia. Por isso, é preciso se programar para evitar levantar peso, dirigir e fazer exercícios físicos nas primeiras semanas.

Cicatrização e queloides
Não é comum a formação de queloide, mas geralmente quem já tem histórico de má cicatrização pode apresentar essa alteração. O comportamento no pós-operatório interfere na cicatrização, por isso é fundamental cumprir às orientações médicas.

Estrias
É incomum o aparecimento de estrias após o implante de silicone. Geralmente há um equilíbrio entre a quantidade de pele e o volume da prótese. Por isso é importante que a escolha do volume seja particularizada.

Rejeição
A rejeição por parte do organismo é infrequente nesse tipo de procedimento. O que pode acontecer é uma contração cicatricial ao redor da prótese, ou seja, uma cicatrização exagerada, que faz com que a prótese perca sua forma original, deformando-a.

Sensibilidade e amamentação
A perda de sensibilidade nas mamas é pouco frequente. Também não existe interferência na produção de leite e na amamentação.

Troca de prótese
Apesar de extremamente duradouras (anos), as próteses de silicone não têm um período definido para substituição. O acompanhamento médico é imprescindível para determinar a troca.

Acompanhamento
O acompanhamento da cirurgia deve ser inserido na rotina anual. O ideal é que seja feito com o seu cirurgião plástico, mastologista ou ginecologista, que poderá realizar o exame físico e solicitar os complementares necessários para avaliação da prótese.

Vida saudável na terceira idade e o aumento da expectativa de vida

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer alcançou 73,5 anos em 2010, diferentemente da pesquisa anterior, em que o índice bateu 73,2 anos. No acumulado dos últimos 30 anos, o aumento foi de 11,5 anos na expectativa de vida. Diante desses dados, fica a pergunta: como envelhecer mantendo o bem-estar?

O envelhecimento saudável consiste na busca pela qualidade de vida por meio de uma dieta adequada e a prática de atividades físicas prazerosas, o que ajuda a diminuir o risco de quedas e fraturas, além de uma convivência social estimulante. Todos esses fatores trabalhados em conjunto ajudam a melhorar a autoestima e a autoconfiança dos idosos, preservando sua independência física e psíquica.

A atividade física é um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial na terceira idade. Atividades como caminhadas ajudam a manter a capacidade cardiorrespiratória e diminuem a perda de massa óssea, que acaba acontecendo com o passar do tempo, e potencializa-se a partir dos 50 anos. Exercícios de fortalecimento muscular aumentam a massa muscular ou simplesmente previnem sua perda, que nessa idade acontece em torno de 0,5 kg por ano, melhorando a composição corporal e dando uma maior estabilidade articular, o que auxilia na prevenção de quedas muito comum nessa faixa etária.

Para um idoso sedentário que pretende iniciar um exercício, a recomendação dos educadores físicos do Hospital Israelita Albert Einstein Marcio Marega e Carla Giuliano, é realizar uma avaliação médica para saber se ele está apto ou se há algum tipo de restrição ou cuidado especial na escolha dos exercícios. “Deve-se escolher bem as atividades, pensando em algo que proporcione prazer para que sejam realizadas com regularidade. É importante também não realizar exercícios em jejum, cuidados com vestimenta e hidratação, além de avaliar a duração, intensidade e frequência da atividade, sem esquecer-se de qualquer sintoma que possa aparecer durante o exercício”, alertam Marcio e Carla.

O sucesso de um programa de saúde depende não somente de uma vida ativa, mas também de uma alimentação balanceada. “A escolha dos alimentos, a quantidade e horários que eles devem ser ingeridos devem ser considerados e podem interferir na resposta do corpo frente aos exercícios”, completam Marcio e Carla.

Em relação aos efeitos psíquicos e sociais, a atividade física parece reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e a melhora de humor. “As revisões de literatura indicam o efeito benéfico positivo do exercício como tratamento da depressão ou ansiedade subclínica ou clínica, e também como auxiliares da melhora da qualidade de vida por meio do aumento da autoestima, da melhora dos estados de humor, da diminuição da ansiedade, da melhora do estresse, assim como o sono”, ressaltam os educadores físicos.

O geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Clineu Almada, destaca que com a realização de exercícios físicos regulares há uma melhora da atividade de neurotransmissores que permitem uma sensação de bem-estar. Assim como há uma maior produção de endorfinas que auxiliam nessa resposta. “A atividade física realizada em grupos também incentiva outros prazeres advindos da melhor socialização. O fato das pessoas se perceberem com melhor postura, mais força e mais vitalidade permite que se sintam mais seguras e confiantes”, explica o médico.

O exercício físico regular melhora a qualidade e a expectativa de vida do idoso, ajudando nas atividades diárias da vida. A saúde na terceira idade depende também dos cuidados no passado, além da alimentação. Entretanto, é possível ainda reverter os efeitos do passado.

Congresso Europeu em Estocolmo na Suécia (28/10/11)

Estive no Congresso Europeu em Estocolmo do dia 28 ao dia 31 de agosto, cidade muito bonita com construções antigas e impecável na organização e limpeza com gente bonita e elegante com temperatura por volta de 8 graus Celcius ( fim de verão !!!!).
O Congresso Europeu de Cardiologia mais uma vez teve sucesso absoluto, com mais de 32 mil cardiologistas e cada mais prestigiado, deixando os Congressos Americanos em segundo plano para muitos.
Novidades nos Estudos de Insuficiência Cardíaca com o Estudo SHIFT que testou a Ivabradine que age no nó siusal reduzindo da frequência cardíaca e mostrou redução de 18% comparado ao placebo no end point primário,sendo mais um aliado para o tratamento da ICC e se destaca como uma droga alternativa para os pacientes com DPOC.
Na ressuscitação cárdiocerebral a hipotermia veio para ficar e iniciar o processo de resfriamento mesmo antes do retorno a circulação ( pulso) ainda durante as manobras de RCP foi demonstrado , quanto ao resfriamento após o retorno a circulação espontâneo já é consenso e o método de resfriamento é muito variável e não mostra vantagens entre os métodos, devendo manter a temperatura de 32a 34oC por 24 horas em todas as modalidades de parada cardíaca excluindo os casos de trauma.
Outra sessão que sou apaixonado chama-se FOCUS na Prática Clínica onde se discute casos clínicos de diversos temas com os maiores especialistas do mundo com casos do dia a dia,você vota com controle remoto e tem a oportunidade de avaliar o seu desempenho.
Infelizmente passa rápido mas sempre conhecemos lugares, pessoas e tudo faz parte para nosso crescimento como profissional, enfim é bom voltar e aplicar os conhecimentos.

Medicina antienvelhecimento : faltam evidências científicas e sobram riscos a saúde

Retardar o processo biológico de envelhecimento com a suplementação de vitaminas e hormônios. É o que promete a Medicina Antienvelhecimento, ou Medicina Antiaging. O assunto foi discutido no último Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado em maio deste ano, no Rio de Janeiro.

Especialistas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) analisaram os estudos sobre essa prática e reforçaram a falta de comprovação dos benefícios desta técnica. De acordo com a Dra. Theodora Karnakis, geriatra do Einstein que participou do evento, além da falta de evidência científica de que o uso traz benefícios para saúde, hoje existe demonstração de que os efeitos podem ser negativos. “Já existe comprovação que vitaminas e hormônios em excesso podem ser prejudiciais e levar ao risco aumentado para o desenvolvimento de cânceres e outras doenças. O uso excessivo de vitamina E e de testosterona, por exemplo, têm relação com o aparecimento de tumores na próstata, assim como o uso inadequado da vitamina A como antioxidante pode levar ao aparecimento de lesões na pele e no fígado, explica a geriatra.

O processo natural do envelhecimento faz com que a partir dos 20 anos comece uma diminuição gradativa de algumas vitaminas e hormônios. No entanto, esta alteração não implica na necessidade e indicação inadvertida de vitaminas e hormônios. “A reposição pode e deve ser feita quando há carência comprovada daquele nutriente ou hormônio de forma que interfira positivamente na saúde, mas não quando os fins são estéticos e com objetivo de retardar o envelhecimento”, destaca a médica.

No caso da reposição hormonal no período da menopausa, por exemplo, o médico faz uma avaliação do risco da paciente para doenças cardiovasculares e câncer e pondera o risco e benefício para uma reposição segura de hormônio para aquela paciente. De acordo com a médica, se a reposição acontecer sem a real evidência, acompanhamento e prudência do médico, o paciente está sendo submetido a um risco muito maior para o surgimento de outras doenças.

Mas como envelhecer de forma saudável?

O primeiro passo é aceitar que envelhecer é um processo natural da vida. “O termo antienvelhecimento tem um apelo negativo, pois gera um preconceito com essa fase da vida. Você pode envelhecer bem ou pode envelhecer mal, mas todo mundo precisa compreender que vai envelhecer”, afirma a geriatra.

Para chegar à terceira idade de forma saudável, a principal receita é adotar hábitos saudáveis desde jovem, cuidando da alimentação, equilibrando as horas de sono, a quantidade de cigarro e bebida consumidos e tomando cuidados com a proteção solar. Outro hábito fundamental é a prática regular de atividade física, que auxilia diretamente no primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Uma alimentação rica em frutas como uva e tomate também traz diversos benefícios, por serem fontes de antioxidantes.

“Não tenho dúvida que a instituição de medidas de saúde e a compreensão e valorização dessa fase da vida sejam muito mais eficazes do que qualquer reposição sem necessidade”, finaliza Dra. Theodora